segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Lembranças


Quando se sentar naquele banco, lembre-se que foi o lugar onde eu segurei seus sonhos.
Quando passar em frente àquela casa abandonada, lembre-se que foi lá que me escondi da sua alegria.
Quando andar por aquela rua, lembre-se que foi lá que te conheci.
Quando for embora, lembre-se que eu estarei sempre aqui.

O tempo leva tudo o que um dia eu tive, mas essas lembranças desbotadas ficarão pra sempre. Coisas velhas que eu renovo a cada dia, sempre se tornando motivo de lágrimas sorridentes, de sorrisos tristes. Porque você pode ter ido embora, pode ter mudado o seu caminho pra nunca mais cruzar com o meu, mas mesmo assim não vai levar embora o que eu já tive. E eu sei que meu número não está mais na sua agenda e que quando você me vir por aí atravessará a rua só pra não me encarar. Sei que já se passou um longo tempo, dezoito, dezenove meses talvez? É, mas me desculpe, as minhas lembranças não obedecem nenhum calendário.

Então onde quer que você vá, por mais que odeia suas lembranças, não as perca. Elas são a única esperança que me alimenta. Esperança de ver um sorriso seu outra vez. Um abraço. Um 'você'.

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